Estava lendo um artigo que fala
sobre carregar as dores do mundo. Normalmente sofro muito com a dor do outro em
situações extremas. É algo que dói, que me faz querer realizar algo pra mudar
aquilo tudo e nem sempre é possível. Nos sentimos pequenos por, aparentemente não
poder fazer nada, por não poder resolver aquele tamanho sofrimento. Deixamos nosso
sofrimento de lado para acolher o do outro que nos aflige. De fato, não ficamos alheios aos
acontecimentos que nos rodeiam e isto é um divisor de águas. Todos carregamos essa dor por mais que muitas
pessoas mostram ser indiferentes e, ainda estas, também o sente em função de
que precisamos viver e conviver em sociedade. Mesmo quem opta por viver na
clausura religiosa ou não, eleva seus pensamentos aos demais seres vivos.
Quando choramos por uma situação que presenciamos ou assistimos é o sentimento
de humanidade que se aflora e nos leva a refletir sobre a situação. E, nesta
reflexão, mudamos algo dentro de nós. Nosso sentimento se expande e chega no
outro. Isto é ter espiritualidade sem congregar uma religião específica. Nos sentimos
pequenos por ver e nada fazer, mas é um engano. Quando elevamos nossos pensamentos desejando
que as situações ruins sejam sanadas acabamos por trocar esse sentimento com
quem sente e deseja a mesma coisa. Vivemos num momento de incerteza e de dificuldades
em todos os setores de nossa sociedade que nos incomodam mutuamente mas, se
podemos sentir, podemos agir. Temos que nos informar, temos que dialogar e
temos que fazer nossa parte através de um “fazer ético”. Que o erro do outro
não induza nosso coração a endurecer e sim que consigamos valorizar as pequenas
ações que elas são capazes de realizar. Viver é bom. Viver conectado com os seres
vivos é uma questão de sobrevivência. Que cada pessoa possa pensar a respeito e
consiga liberar suas emoções, suas boas vibrações desejando um mundo melhor...
terça-feira, 9 de janeiro de 2018
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